quinta-feira, 27 de março de 2008

HOMO SAPIENS SAPIENS = HOMO MÁQUINA

Os erros do passado são constantemente repetidos, a força da natureza lembra-nos em cada tempestade que erramos, que devemos organizar melhor as nossas cidades, há uma clara necessidade de espaços verdes. As nossas cidades de betão, em que até o chão é impermeável leva-nos a questionar os conceitos de urbanismo e a repensar o modo de planear as nossas cidades. Agora mais do que nunca confiamos na máquina para resolver todos os nossos problemas e necessidades, mas na realidade somos apenas escravos da máquina, vivemos dela e para ela e esquecendo a nossa verdadeira essência e as nossas verdadeiras necessidades. Somos obesos e com problemas cardíacos devido a uma alimentação inapropriada denominada “comida de plástico”, porque não caminhamos o suficiente, porque vivemos sem realmente viver, porque fugimos à nossa própria natureza. As nossas cidades são apenas o reflexo deste ser tão complexo que é o ser humano, que põe as suas necessidades intelectuais acima das suas próprias necessidades fisiológicas. A arte e o engenho inventaram a máquina, o preconceito, o orgulho e sobretudo a ignorância inventaram a escravidão do homem pelas "mãos" da máquina.

REALIDADE A CINZA E BRANCO

Andanças predestinadas, rotinas do dia-a-dia, imagens guardadas na memória, frases do quotidiano, palavras soltas e vagas sem sentido, rostos que se confundem num mar de gente, multidões sem rosto, sem identidade, mas com um número pelo qual respondem. Humanidade mecanizada com chapa de série, que murmura relutando a sua triste existência um grito mudo, que se exprime em cada olhar, em cada gesto inadvertido. Só mesmo vós, no meio de lembranças e meias verdades captadas por instintos e sentidos atordoados, acomodados, conseguem resplandecer a verdadeira alegria de viver, só mesmo vós conseguis fazer reviver, os meus pobres sentidos...mostrando uma verdade escondida, o sentido natural de lutar pelo que realmente amamos, o que não é material, não é visível pelo pobre materialista. Amar! essa palavra que para uns é quase interdita, que proferimos tão poucas vezes, que para outros é utilizada de forma vã, desconhecendo o seu verdadeiro sentido...
Janelas da alma ou manuscritos de um verdadeiro sentido da vida, donos de uma verdade absoluta, se é que podemos falar em verdades absoluta no Mundo em que vivemos?! Mas de certeza que se essa verdade soberana existir, vocês serão os verdadeiros senhores e mestres, donos de fantasias e tormentos, de prenúncios e fatalidades.


sábado, 8 de março de 2008

« QUI VOLE UN OEUF, VOLE UN BOEUF »



Célebre provérbio popular francês, traduzido em português, “quem rouba um ovo, rouba um boi”. Este provérbio traduzido para a língua de Camões não soa muito bem, no entanto na vida corrente, faz todo o sentido. Quem é capaz de descer baixo por qualquer coisa de pequeno, acaba por mostrar a sua pequenez enquanto pessoa, muito mais facilmente, se tiver oportunidade também comete actos mais graves, se tiver algo a ganhar com isso. Muito recentemente, descobri que quem é capaz de passar por cima de tudo e todos pondo em actividade a célebre expressão de maquiavel ” O fim justifica os meios”, é consequentemente intriguista, dividir para liderar, é algo que nasce com eles, é tão óbvio, como nunca tinha chegado a essa conclusão sozinho?!
Se por um lado fui naïf a chegar a conclusões óbvias, no entanto acho fácil reconhecer essas pessoas na sociedade, não percebo como lhes dão tanto crédito, chegam mesmo a serem idolatradas, quando na realidade não passam de parasitas de uma sociedade da máquina, do descartável, em que o indivíduo é um simples número.