quarta-feira, 22 de abril de 2009

CAVALO ALADO




Voo sem ter asas, sem poder voar, os meus sonhos e fantasias, meu refúgio,
Nas cândidas lembranças, enclausuro as minhas lágrimas,
Das janelas da minha alma miro ainda, a mais bela criatura,
Imortal, qual Fénix ressurgida das cinzas, magnificente, pura,
Perdoem os mestres Renascentistas, se não é obra-prima!


Voo sem ter asas para voar, e não obstante, enxergo sem ver a mais bela vivente,
Encarceraste o meu olhar vagabundo,
Escravo de ti, de mim, de um momento,
Humanista errante disposto ao isolamento,
Compus dos teus olhos o meu Mundo.


Vou sem asas, nem nada, ao teu deparo, sibilando o teu nome qual poeta morrente,
Pintando o meu caminho com o teu riso de menina travessa,
Aquele riso flamejante que causa inveja às estrelas e que já não existe mais,
Defrontei o (teu) desconhecimento de mim, daquele que já não existe mais,
Esperando o ressuscitar, qual profeta morto, poeta sem pressa.


Vou sem asas, sem nada, sem amparo procurar sair (um dia) do meu refúgio,
Aquele narcisista jardim proibido onde tu és a mais bela rosa,
Teus espinhos, promessas de beijos, da mais formosa rainha ao plebeu,
Das cintilantes estrelas, apagar o meu nome esculpido juntinho do teu,
Com carta de alforria, liberto, voando, não ousarei ser otra cosa!
Cavalo Alado (ou algo mais...)

domingo, 5 de abril de 2009

A BANALIDADE DE NIETZSCHE


Sendo a velocidade da luz superior à do som, bastante natural alguém parecer genial até abrir a boca. Proporções, desproporções, será a dissemelhança constante da vida? És aquilo que aparentas, o que possuis como teu, tudo o resto por muito razoável que pareça é banal...


Sejamos o palhaço de Nietzsche, aquele que nada faz de diferente nem tenta ser pioneiro em absolutamente nada. Imita os outros, imita o palhaço que imitou outros, o importante nesta vida é ganhar dinheiro, pouco mais interessa, assim escreveu Nietzsche...


Se escreveres, diz que te fundaste num palhaço morto que deixou o seu legado para um palhaço vivo, como tu! Imite sempre palhaços mais famosos que tu, assim facilmente enganarás outros palhaços imitadores e serás bem sucedido!No leito da hipocrisia, deleita-te com a morte do palhaço corrupto, festeja até altas horas da noite, no outro dia de manhã e com olheiras até aos joelhos menciona que estás profundamente consternado, quando partires, outros palhaços festejarão e mencionarão as suas consternações igualmente visíveis.


Quando alguém falece, ou é martir, ou é boa pessoa, mesmo que esse alguém se chame Lucifer!