Voo sem ter asas, sem poder voar, os meus sonhos e fantasias, meu refúgio,
Nas cândidas lembranças, enclausuro as minhas lágrimas,
Das janelas da minha alma miro ainda, a mais bela criatura,
Imortal, qual Fénix ressurgida das cinzas, magnificente, pura,
Perdoem os mestres Renascentistas, se não é obra-prima!
Voo sem ter asas para voar, e não obstante, enxergo sem ver a mais bela vivente,
Encarceraste o meu olhar vagabundo,
Escravo de ti, de mim, de um momento,
Humanista errante disposto ao isolamento,
Compus dos teus olhos o meu Mundo.
Vou sem asas, nem nada, ao teu deparo, sibilando o teu nome qual poeta morrente,
Pintando o meu caminho com o teu riso de menina travessa,
Aquele riso flamejante que causa inveja às estrelas e que já não existe mais,
Defrontei o (teu) desconhecimento de mim, daquele que já não existe mais,
Esperando o ressuscitar, qual profeta morto, poeta sem pressa.
Vou sem asas, sem nada, sem amparo procurar sair (um dia) do meu refúgio,
Aquele narcisista jardim proibido onde tu és a mais bela rosa,
Teus espinhos, promessas de beijos, da mais formosa rainha ao plebeu,
Das cintilantes estrelas, apagar o meu nome esculpido juntinho do teu,
Com carta de alforria, liberto, voando, não ousarei ser otra cosa!
Cavalo Alado (ou algo mais...)
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